quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Onde há gente no mundo?

Está difícil ser gente nesse mundo! Sei que os brutos também amam, mas poderiam eles deixar de ser brutos para amar!

Que viver esquisito é esse que temos presenciado nos últimos anos? Não sei se é por causa da pandemia, parafraseando o Capitão Nascimento, “coloca na conta da pandemia”. Não sei se é o enorme número de mortes e desespero que vemos diariamente nas manchetes dos jornais. Não sei se é a crise econômica, que está afetando diretamente milhões de brasileiros, inclusive eu.

E o que falar da “política”, não queria mencionar a polêmica do momento, mas não posso ser leviano a tal ponto, não sei se é pelo fato de estarmos vivendo um momento de intolerância generalizada, que é impulsionada por esse presidente que nos “representa” atualmente. Talvez seja apenas um conflito de gerações, um desentendimento gritante, algumas vezes brutal, das gerações Y, Millennials e da geração Z. Uma mudança de pensamento muito grande ocorreu, embora lenta, nos últimos 100 anos, mudança necessária, porém avassaladora para algumas pessoas.

Ando notando que tenho convivido cada vez mais com pessoas que estão debilitadas em suas saúdes mentais, eu incluso novamente. São inevitáveis os transtornos psicológicos nesses tempos de adaptações e revoluções tecnológicas que atropelam o ser humano diariamente.

Vivemos na época das redes sociais, que deveriam em sua essência, aproximar as pessoas, no entanto estamos cada vez mais afastados. Não conseguimos mais dialogar, conversar corpo a corpo, e, infelizmente, a pandemia só fez piorar o pouco contato que ainda existia. As pessoas andam grosseiras, sem paciência, intolerantes com o pensamento dos outros, e ouso dizer, mal-educadas no sentido familiar que conhecemos. A educação acadêmica é de importância vital em minha opinião, embora eu pessoalmente tenha uma dificuldade imensa de finaliza-la, mas a educação no trato com as pessoas, a educação na convivência social, essa está cada dia mais rara.

Mundialmente estamos vivendo um aleijamento no bom senso e na arte da convivência humana, no Brasil estamos sendo representados nessa área com maestria pelo nosso líder maior. A ironia em tudo é que apelidamos os seguidores do “Mito” de “Gado”, mas não somos nós todos tratados como gado de alguma forma. Tratados como animais descartáveis, servindo unicamente como alimento para o capitalismo, não estou dizendo, com isso, que sou comunista, pois sei que algumas pessoas quem lerem esse trecho já vão fazer leviana conjectura. Estou levantando apenas a necessidade de um debate seja na Academia, seja na mídia, seja na opinião pública, seja na sociedade em geral. Chaplin já dizia; “You are not machines! You are not cattle! You are men! You have the love of humanity in your hearts! You don't hate! Only the unloved hate - the unloved and the unnatural!; Em tradução livre “Vocês não são máquinas! Vocês não são gado! Vocês são homens! Você tem o amor da humanidade em seus corações! Você não odeia! Apenas o não amados odeiam - os não amados e os não naturais!

Precisamos urgentemente tratar de nossas mentes, tratar de avaliar nossas prioridades, pois a vida passa rápido demais e a morte é a única verdade absoluta da vida. Tenho sentido a dor diária da perda, a angústia, o sentimento de impotência, o peso do tempo passando ao meu redor, especialmente nos últimos três anos. Estão sendo anos brutais, repleto de despedidas, pessoas conhecidas, como se fossem de dentro de casa, artistas, poetas, amigos, conhecidos. São vidas que fazem falta, que deixam um vazio no peito e na alma.

O que fazer?

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