sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
ADEUS ANO VELHO
quarta-feira, 15 de setembro de 2021
Where are there people in the world?
It's hard to be a person in this world! I know brutes love too, but they can stop being brutes to love!
What is this weird life that we have witnessed in recent years? I don't know if it's because of the pandemic, to paraphrase Captain Nascimento, “put it on the pandemic bill”. I don't know if it's the huge number of deaths and despair that we have seen in the headlines. I don't know if it's the economic crisis, which is directly affecting millions of Brazilians, including me.
And what about "politics", I didn't want to mention the controversy of the moment, but I can't be so frivolous, I don't know if it's because we are living in a moment of generalized intolerance, which is driven by this president that "represent” us currently. Maybe it's just a generation gap, a glaring, sometimes brutal, misunderstanding of Generation Y, Millennials, and Generation Z. A very big shift in thinking has occurred, albeit slowly, over the past 100 years, a necessary, but overwhelming change for some people.
I've been noticing that I have been living more and more with people who are debilitated in their mental health, I include again. Psychological disorders are inevitable in these times of adaptations and technological revolutions that run over human beings on a daily basis.
We live in the era of social networks, which should, in essence, bring people together, however we are increasingly distant. We were no longer able to dialogue, talk face-to-face, and, unfortunately, the pandemic only made the little contact that still existed worse. People are rude, impatient, intolerant of other people's thoughts, and dare I say, rude in the familiar sense we know. Academic education is vitally important in my opinion, although I personally have a huge difficulty in completing it, but education in dealing with people, education in social interaction, these are increasingly rare.
Worldwide we are experiencing a cripple in common sense and in the art of human coexistence, in Brazil we are being masterfully represented in this area by our greatest leader. The irony of all is that we dub the Myth’s followers “Cattle”, but we're not all treated like cattle in some way. Treated as disposable animals, serving only as food for capitalism, I am not saying that I am a communist, because I know that some people who read this passage will already make a frivolous conjecture. I am only raising the need for a debate, whether in the Academy, in the media, in public opinion, or in society in general. Chaplin already said; “You are not machines! You are not cattle! You are men! You have the love of humanity in your hearts! You don't hate! Only the unloved hate - the unloved and the unnatural!
We urgently need to take care of our minds, try to assess our priorities, because life goes by too quickly and death is the only absolute truth in life. I have felt the daily pain of loss, the anguish, the feeling of helplessness, the weight of time passing around me, especially for the past three years. These have been brutal years, full of farewells, people known as if they were from our homes, artists, poets, friends, acquaintances. These are lives that are missing, that leave emptiness in the chest and soul.
What to do?
Onde há gente no mundo?
Está difícil ser gente nesse mundo! Sei que os brutos também amam, mas poderiam eles deixar de ser brutos para amar!
Que viver esquisito é esse que temos presenciado nos últimos anos? Não sei se é por causa da pandemia, parafraseando o Capitão Nascimento, “coloca na conta da pandemia”. Não sei se é o enorme número de mortes e desespero que vemos diariamente nas manchetes dos jornais. Não sei se é a crise econômica, que está afetando diretamente milhões de brasileiros, inclusive eu.
E o que falar da “política”, não queria mencionar a polêmica do momento, mas não posso ser leviano a tal ponto, não sei se é pelo fato de estarmos vivendo um momento de intolerância generalizada, que é impulsionada por esse presidente que nos “representa” atualmente. Talvez seja apenas um conflito de gerações, um desentendimento gritante, algumas vezes brutal, das gerações Y, Millennials e da geração Z. Uma mudança de pensamento muito grande ocorreu, embora lenta, nos últimos 100 anos, mudança necessária, porém avassaladora para algumas pessoas.
Ando notando que tenho convivido cada vez mais com pessoas que estão debilitadas em suas saúdes mentais, eu incluso novamente. São inevitáveis os transtornos psicológicos nesses tempos de adaptações e revoluções tecnológicas que atropelam o ser humano diariamente.
Vivemos na época das redes sociais, que deveriam em sua essência, aproximar as pessoas, no entanto estamos cada vez mais afastados. Não conseguimos mais dialogar, conversar corpo a corpo, e, infelizmente, a pandemia só fez piorar o pouco contato que ainda existia. As pessoas andam grosseiras, sem paciência, intolerantes com o pensamento dos outros, e ouso dizer, mal-educadas no sentido familiar que conhecemos. A educação acadêmica é de importância vital em minha opinião, embora eu pessoalmente tenha uma dificuldade imensa de finaliza-la, mas a educação no trato com as pessoas, a educação na convivência social, essa está cada dia mais rara.
Mundialmente estamos vivendo um aleijamento no bom senso e na arte da convivência humana, no Brasil estamos sendo representados nessa área com maestria pelo nosso líder maior. A ironia em tudo é que apelidamos os seguidores do “Mito” de “Gado”, mas não somos nós todos tratados como gado de alguma forma. Tratados como animais descartáveis, servindo unicamente como alimento para o capitalismo, não estou dizendo, com isso, que sou comunista, pois sei que algumas pessoas quem lerem esse trecho já vão fazer leviana conjectura. Estou levantando apenas a necessidade de um debate seja na Academia, seja na mídia, seja na opinião pública, seja na sociedade em geral. Chaplin já dizia; “You are not machines! You are not cattle! You are men! You have the love of humanity in your hearts! You don't hate! Only the unloved hate - the unloved and the unnatural!; Em tradução livre “Vocês não são máquinas! Vocês não são gado! Vocês são homens! Você tem o amor da humanidade em seus corações! Você não odeia! Apenas o não amados odeiam - os não amados e os não naturais!
Precisamos urgentemente tratar de nossas mentes, tratar de avaliar nossas prioridades, pois a vida passa rápido demais e a morte é a única verdade absoluta da vida. Tenho sentido a dor diária da perda, a angústia, o sentimento de impotência, o peso do tempo passando ao meu redor, especialmente nos últimos três anos. Estão sendo anos brutais, repleto de despedidas, pessoas conhecidas, como se fossem de dentro de casa, artistas, poetas, amigos, conhecidos. São vidas que fazem falta, que deixam um vazio no peito e na alma.
O que fazer?
terça-feira, 7 de setembro de 2021
Que Brasil eu quero?
quinta-feira, 27 de maio de 2021
EU SOU DE ESQUERDA
terça-feira, 25 de maio de 2021
Epitáfio
Quando eu morrer
Dá o que restar de mim
às crianças
E aos idosos que esperam para morrer.
E se precisares chorar,
Chora por teu irmão
Que anda pelas ruas a teu lado.
E quando precisares de mim,
Coloca teus braços
Em volta de alguém
E dá-lhe o que precisas me dar.
Quero deixar-te algo,
Algo melhor
Do que palavras
Ou sons.
Busca-me
Nas pessoas que conheci
Ou amei,
E se não podes me deixar partir
Ao menos deixa-me viver em teus olhos
E não em tua mente.
Podes amar-me mais
Deixando as mãos
Tocarem as mãos,
Deixando os corpos tocarem os corpos,
E libertando
As crianças
Que precisam ser livres.
O amor não morre,
Pessoas sim.
Por isso, quando tudo que resta de mim
É amor,
Deixa-me partir.
Trad.: Nelson Santander
Epitaph
When I die
Give what’s left of me away
To children
And old men that wait to die.
And if you need to cry,
Cry for your brother
Walking the street beside you.
And when you need me,
Put your arms
Around anyone
And give them
What you need to give to me.
I want to leave you something,
Something better
Than words
Or sounds.
Look for me
In the people I’ve known
Or loved,
And if you cannot give me away,
At least let me live on in your eyes
And not your mind.
You can love me most
By letting
Hands touch hands,
By letting bodies touch bodies,
And by letting go
Of children
That need to be free.
Love doesn’t die,
People do.
So, when all that’s left of me
Is love,
Give me away.
(Merrit Malloy)
quarta-feira, 19 de maio de 2021
imprensa livre
domingo, 9 de maio de 2021
Dia das mães
quarta-feira, 21 de abril de 2021
Esse cara sou eu!
segunda-feira, 19 de abril de 2021
Ser estúpido
quarta-feira, 24 de março de 2021
BASTA!
domingo, 7 de março de 2021
Meu avô e a Espanhola
sábado, 6 de março de 2021
Carta aberta à humanidade.
“Carta aberta à humanidade
“Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.” Hanna Arendt;
O Brasil grita por socorro.
Brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a Presidência do Brasil, junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista.
Esse homem sem humanidade nega a ciência, a vida, a proteção ao meio-ambiente e a compaixão. O ódio ao outro é sua razão no exercício do poder.
O Brasil hoje sofre com o intencional colapso do sistema de saúde. O descaso com a vacinação e as medidas básicas de prevenção, o estímulo à aglomeração e à quebra do confinamento, aliados à total ausência de uma política sanitária, criam o ambiente ideal para novas mutações do vírus e colocam em risco toda a humanidade. Assistimos horrorizados ao extermínio sistemático de nossa população, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas.
Nos tornamos uma ‘câmara de gás’ a céu aberto.
O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global.
Apelamos às instâncias nacionais – STF, OAB, Congresso Nacional, CNBB – e às Nações Unidas. Pedimos urgência ao Tribunal Penal Internacional (TPI) na condenação da política genocida desse governo que ameaça a civilização.
Vida acima de tudo.”
O texto tem assinatura coletiva e já recebeu adesões de personalidades
como dom Mauro Morelli, bispo emérito de Caxias, padre Júlio
Lancellotti, frei Leonardo Boff, Chico Buarque de Holanda e a namorada, a
professora da UFRJ Carol Proner, a cantora Zélia Ducan e muitos outros.
Devaneio do dia
sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
ANIVERSÁRIO
ANIVERSÁRIO
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim mesmo,
O que fui de coração e parentesco,
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino.
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa.
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...