quinta-feira, 26 de julho de 2007

“Todos os dias quando acordo não tenho mais o tempo que passou, mas tenho muito tempo, tenho todo tempo do mundo”.
Sem inspiração novamente, na minha atual situação isso tem sido uma constante, estou aqui sentado na frente de meu computador e resolvi escrever para poder, quem sabe, resolver meus bloqueios para com a escrita. Em algum momento, creio eu, isso irá se resolver e voltarei a escrever tão bem quanto já escrevi um dia. Procuro analisar o que pode ter acontecido, o porque hoje tenho essa enorme dificuldade pra escrever, antigamente escrevia sobre qualquer coisa e a redação era boa, não entendo o que pode ter me acontecido. Talvez tenha sido uma cadeia de acontecimentos que tenham me deixada assim, artigos que escrevi e que depois me custaram feridas irreparáveis. Talvez sejam as pequenas pedras que encontrei nesses vinte e poucos anos de vida, pedras que pra mim, feriram muito e que não me cabe aqui enumera-las.
Lembro-me que sabia décor poemas de Vinicius, Pessoa, Drummond, mas hoje não consigo nem sequer lembrar de canções da Legião Urbana.
Há um ditado que diz que não devemos nos apegar as coisas materiais do mundo. Concordo totalmente com esse ditado, no entanto, me preocupa mais o fato de não podermos nos apegar as pessoas, aos seres humanos.
Gosto de estudar na porque UNEMAT ela me transmite uma pseudotranqüilidade, simula-me dentro de um mundo onde todos são iguais, não existem classes sociais, negros, brancos, para mim todos são colegas de faculdade, pelo menos naquele pequeno intervalo de tempo em que me encontro na universidade, eu me esqueço que fora dela as pessoas não se respeitam, esqueço que o mundo apodrece a cada dia que passa e nós pobres mortais apodrecemos juntamente com ele. Tudo no mundo é lindo, menos as pessoas.
Não sei em que confiar, não consigo confiar nem em mim mesmo e estou mais perdido do que “Alice” jamais esteve.

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